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domingo, 16 de agosto de 2009

Crime Perfeito*

Minha rua também costumava ser assim, cheia de tranqüilidade.

Nela, jogávamos pelada e armávamos até rede de vôlei. Em nossos prédios, nem portões havia... Quase todos os vizinhos conheciam-se. Pouquíssimos carros pasavam por aqui. Era realmente uma rua sem significado no mapa de minha cidade, para nossa antiga felicidade.

Até que, numa madrugada, acordei com o barulho de máquinas e homens trabalhando. Estavam transformando minha paz numa via de acesso importante para um novo vizinho: o consumo. Tinham construído um supermercado a três quadras de onde moro...

Hoje, desperto ao som de buzinas impacientes e roncos vorazes de motores desregulados.

E foi desse jeito que assassinaram impiedosamente meu sossego.

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* - Comentário meu feito no blog Mel's no dia 13/07/2009.

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