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domingo, 4 de novembro de 2012

Fechando as Cortinas


Tenho a vida como algo parecido a um hábil ferreiro.

Bigorna e martelo.

Fogo e água.

Na forja de uma alma mais desmaterializada que vai passo a passo tornando o amor como deve estar no ser: capaz de amar, sem desejar ser amada.

Ontem, a minha espera (uma longa espera), finalmente, acabou...

Ontem, ganhei respostas... Elas chegaram à maneira de chaves de ouro que arrebentaram pesados grilhões de dúvidas, incompreensões e indiferenças. Também trouxeram notas de tristeza para o olhar de minha noite e o canto melancólico de um coração vazio no peito da madrugada tão querida.

Sei que tudo tem sua razão de ser. Tudo é causa e efeito... Em breve, vou entender (sentir) melhor o gosto do bem que tudo isso me proporciona. Aceitar, faz-nos colocar, na boca de uma emoção infeliz as suas próprias partes escuras que devem ser por ela digeridas, ainda que muito amargas, mas saudáveis porque nos despertam numa autofagia redentora.

Sigo em frente, com as experiências que me são postas nas costas, fardo que o tempo deixa mais leve quando vai transformando o aprendizado em sabedoria.

Todas as dificuldades são boas porque trazem, cedo ou tarde, a harmonia dentro de nós; porque endireitam caminhos e curam feridas do passado, marcadas pelos desencontros comigo mesmo, e com os outros...

O tempo é amigo, sempre. 

Ainda que, muitas vezes, nele não acredite...


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