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sábado, 15 de dezembro de 2012

Limites


Cansaço...

Minhas pernas,
Não sinto mais.

O problema reside aí:
Em não sentir,
Não sentir o que me faz sair do lugar.

Não sinto mais minhas pernas,
Depois de tanto correr,
Depois de tanta pressa.

Andar é tudo que resta,
Nessa lentidão imposta,
Composta de um querer e um não poder mais.

Cansaço:
Rédea,
Freio,
Reencontro.

Pernas...
Para que vos quero?
Para trazerem o olhar?
O ouvir?
O apreciar?
O conversar?
Para simplesmente parar?
Parar de tanto pensar,
No meditar, buscar sentir?
Viver?

É possível amar sem as pernas sentir?
(Sentir? Nem me lembro mais...)
Tenho que as perder para amar?
(Forma e tamanho de minhas pernas... Nem me lembro mais...)

Caminhar até algum lugar? Não.
Somente caminhar...
Somente o caminho,
Lento, até sentir o coração,
O sangue quente,
Pulsante,
Nas pernas,
Outra vez.

Sem elas ando, ainda,
Apesar de acreditar que voo...
E as pernas estão onde sempre estiveram,
Mas o cansaço que sinto,
Não me deixa sentir...

2 vozes:

A.C. disse...

Eu sei o que é esse caminhar. Na verdade é uma corrida contra o tempo, contra a pulsação, contra a ideia que contraria o bom senso.
Eu voltei :D
Beijos!

DESBRAVADORES DE LIVROS disse...

Enquanto houver o funcionamento da mente, do coração, continua-se a andar, nem que seja nos sonhos e emoções.

M&N | Desbrava(dores) de livros

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